Supla transita por Ronettes, metal, ska, funk e balada no 20º álbum, ‘Nada foi em vão’, feito com Punks de Boutique
24/07/2025
(Foto: Reprodução) Supla regrava ‘Be my baby’, sucesso do grupo The Ronettes em 1963, no álbum ‘Nada foi em vão’
Victoria Brito / Divulgação
♫ NOTÍCIA
♪ Em 1985, quando o grupo Tokyo lançou o primeiro álbum, Humanos, com som new wave apresentado com simulacro de atitude punk e com a participação de Nina Hagen na música Garota de Berlim (Rodrigo Andrade), talvez ninguém tenha imaginado o quão longeva seria a existência do vocalista daquela banda paulistana no universo pop brasileiro.
Contudo, Eduardo Smith de Vasconcellos Suplicy – vulgo Supla – contrariou baixas expectativas da crítica, sobreviveu ao Tokyo, se aventurou como ator, virou apresentador de TV, participou de reality show e, 40 anos após a edição do álbum Humanos, permanece fiel ao rock e lança o 20º álbum da discografia, sintomaticamente intitulado Nada foi em vão.
No mundo a partir de amanhã, 25 de julho, em edição digital e em LP fabricado com vinil rosa, o álbum Nada foi em vão é assinado por Supla com o grupo Os Punks de Boutique, assim batizado como uma provocação para quem detectava no garoto louro platinado do grupo Tokyo a alma de um.. punk de boutique.
Ao longo das 15 músicas de Nada foi em vão, disco que teve três faixas gravadas em Los Angeles (EUA), Supla e Os Punks de Boutique fazem o que Papito (apelido do artista) caracteriza como “um rock’n’roll aberto a todo tipo de influência”.
Na prática, isso significa que Supla gravita em torno do rock dos anos 1960 e 1970, transitando por punk (Amor kamikaze), bossa nova de clima gótico (If you believe in Nosferatu), heavy metal (Médico monstro), funk (Queixo novo), ska (Me encontro com você) e pelo repertório do grupo norte-americano The Ronettes (1959 – 1967), de quem Supla aborda Be my baby (Phil Spector, Jeff Barry e Ellie Greenwich, 1963).
Outra incursão por território alheio é a gravação de Raindrops keep fallin' on my head, tema do filme norte-americano Butch Cassidy and the Sundance Kid (1969) que se tornou um dos maiores standards do cancioneiro pop dos compositores Burt Bacharach (1928 – 2023) e Hal David (1921 – 2012).
Já a música-título Nada foi em vão, composta por Supla com letra da parceira Tatiana Prudêncio, é balada de versos reflexivos. Para Supla, tudo parece ter valido a pena e feito sentido nesses 40 anos...
Capa do álbum ‘Nada foi em vão’, de Supla
Victoria Brito